Elas praticamente nasceram junto com
o próprio cinema, e entre as décadas de 1910 e 1920 foram ganhando espaço se
tornando o referencial de beleza em todo o mundo da época.
Neste artigo, mostramos os padrões de moda e
beleza no início do século passado, bem como a importância das mulheres na
sociedade retratada.
Além disso, prestamos homenagens às
musas que até hoje permanecem no imaginário dos amantes de cinema.
GLORIA SWANSON (1899-1983)
Nome
verdadeiro: Gloria Josephine May Svensson. Local de nascimento: Chicago,
Illinois, Estados Unidos.
Em
1913, foi contratada como figurante pelo estúdio da Essanay em Chicago, onde
conheceu o ator Wallace Beery, com quem se casou. Ambos foram para Hollywood,
contratados pela Keystone, e Gloria foi colocada ao lado de Bobby Vernon em uma
série de comédias românticas. Divorciada de Beery, ela transferiu-se para a
Triangle. Subsequentemente, Cecil B. DeMille escalou-a como heroína de suas
produções luxuosas como Não Troqueis
Vossos Maridos (Don’t Change Your Husbands), de 1917, Macho e Fêmea (Male and Female), de 1919, e Why
Change Your Wife?, de 1920. Em pouco tempo, Gloria alcançou o estrelato e
continuou sua brilhante carreira, fazendo grandes filmes como Escravizada
(Manhandled), de 1924, Este Mundo é
um Teatro (Stage Struck), de 1925, O
Amor de Sunya (The Loves of Sunya), de 1927, Sedução do Pecado (Sadie Thompson), de 1928 e Minha
Rainha (Queen Kelly) , de 1929.
LEATRICE JOY (1893-1985)
Nome
verdadeiro: Leatrice Johanna Zeidler. Local de nascimento: New Orleans,
Louisiana, Estados Unidos.
Geralmente citada como a introdutora da
“febre” do cabelo curto dos anos vinte, começou no mundo do espetáculo
excursionando com a Brissac Stock Company. Do teatro passou para o cinema,
estreando nas comédias curtas da Black Diamond, produzidas na Pennsylvania, e
distribuídas nacionalmente pela Paramount. Em Hollywood, também começou em
shorts cômicos ao lado de Billy West e Oliver Hardy. Contratada por Samuel
Goldwyn, fez seu primeiro filme para o estúdio como figurante em Raça de Heróis (The Pride of the Clan),
de 1917. Posteriormente, tornou-se uma protegida de Cecil B. DeMille, atuando
em várias de suas produções como A Noite
de Sábado ( Saturday Night), de 1922, A
Homicida (Manslaughter) de 1922, Os
Dez Mandamentos (The Ten Commandements), de 1923, Triunfo (Triumph), 1924.
LILLIAN GISH (1893-1993)
Nome verdadeiro: Lillian Diana Gish. Local de
nascimento: Springfield, Ohio, Estados Unidos.
Ela
e sua irmã Dorothy já trabalhavam no teatro ainda adolescentes quando, em 1912,
Mary Pickford, apresentou-as a David Wark Griffith, que as dirigiu no
curta-metragem An Unseen Enemy.
Lillian logo se tornou uma das atrizes mais queridas da América, trabalhando em
vários filmes de Griffith como os Importantíssimos O Nascimento de uma Nação (The Birth of the Nation) de 1915, Intolerância (Intolerance), de 1916, Lírio Partido ( Broken Blossoms) 1919, Horizonte Sombrio (Way Down East), de 1920, e Orfãs
da Tempestade (Orphans of the Storm), de 1921
MAE MURRAY (1889-1965)
Nome
verdadeiro: Marie Adrienne Koenig. Local de nascimento: Nova York, NY, Estados
Unidos.
Conhecida
como “The Girl with the Bee-Stung Lips” e “The Gardenia of the Screen”, começou
a atuar na Broadway dançando com Vernon Castle (substituindo a irmã dele, Irene
Castle), Clifton Webb e Rudolph Valentino. Mae se tornou uma grande atração no
Ziegfeld Follies e apareceu também no popular cabaré Sans Souci de Nova York,
até que foi contratada pela Paramount. Seu sexto filme, The Plow Girl , de 1916,
marcou o princípio de uma parceria com o diretor Robert Z. Leonard. Eles
ganharam a sua própria unidade de produção, casaram-se, e sua colaboração
profissional (ao todo 28 filmes) – que proporcionou filmes bastante lucrativos
– perdurou até 1925, quando se divorciaram amigavelmente.
MARIE PREVOST (1898-1937)
Nome verdadeiro: Marie Bickford Dunn. Local de
nascimento: Sarnia, Ontario, Canadá.
Foi
descoberta por Mack Sennett que a incluiu entre as suas “Bathing Beauties” nas
comédias curtas da Keystone. Depois, Irving Thalberg, da Universal, deu impulso
à sua carreira, convidando-a para estrelar dois filmes, Desatinos ao Luar (The Moonlight Follies) 1921 e Beijada (Kissed) de 1922. Contratada pela
Warner Bros., Marie teve uma participação muito elogiada pelos críticos em Bela e Pecadora (The Beautiful and Damned) de 1922, e o
diretor Ernst Lubitsch colocou-a em três de seus filmes: O Círculo do Casamento (The Marriage Circle) de 1924, As Três Mulheres (Three Women) de 1924 e
Beija-me Outra Vez (Kiss me Again) de
1925, que marcaram o ponto mais alto de sua trajetória artística.
MARION DAVIES (1897-1961)
Nome
verdadeiro: Marion Cecilia Douras. Local de nascimento: Brooklyn, Nova York,
Estados Unidos.
Atuou
na Broadway como corista aos dezesseis anos de idade e acabou sendo contratada
para o Ziegfeld Follies. Quando estava construindo uma reputação no cinema,
depois de sua estréia no filme Runaway Romany, de 1917, Marion conheceu o
magnata da imprensa William Randolph Hearst, que se tornou seu protetor e
amante. Hearst fundou a Cosmopolitan Productions, para produzir os filmes de
Marion. Ele gostava de vê-la em filmes dramáticos de época, como Janice Meredith, de 1924, mas ela provou
que era uma excelente comediante em Moinho
Vermelho (The Red Mill) de 1927.
MARY PHILBIN (1902-1993)
Nome
verdadeiro: Mary L. Philbin. Local de nascimento: Chicago, Illinois, Estados
Unidos.
Entrou
para o cinema após ter vencido um concurso de beleza patrocinado pelo Elks Club
e pelo jornal Chicago Herald Examiner. O prêmio era uma chance de assinar um
contrato com a Universal e o juiz do certame, Erich von Stroheim, recomendou-a
para um teste. Seu primeiro filme foi Suspeita
Iníqua (The Blazing Trail), de 1921. Porém suas personagens mais famosas na
tela foram Christine em O Fantasma da
Opera (Phantom of the Opera), de 1925 ao lado do grande Lon Chaney; e Dea
em O Homem Que Ri (The Man Who Laughs),
estrelado pelo ator alemão Conrad Veidt, de 1928.
MARY
PICKFORD (1892-1979)
Nome verdadeiro: Gladys
Marie Smith. Local de nascimento: Toronto, Ontario, Canadá.
“A
Namorada da América” começou sua carreira artística no teatro, contratada por
David Belasco, famoso empresário de Nova York. Em 1909, ela obteve emprego na
Biograph, onde atuou sob as ordens de David Wark Griffith, tornando-se
rapidamente uma favorita do público, que a chamava de “A Pequena Mary” ou “A
Mocinha dos Cachos Dourados”. No final de 1903, Mary entrou para a Famous
Players de Adolph Zukor, e atingiu uma popularidade impressionante. Em 1916,
passou a ter a sua própria unidade de produção, cujos filmes eram distribuídos
com exclusividade pela Artcraft Pictures. Seguiu-se uma série de filmes de
grande sucesso como Rica e Pobre (The
Poor Little Rich Girl) de 1917, Rebeca
(Rebecca of Sunnybrook Farm ) de 1917, e M’Liss de 1918. Mary transferiu-se para a First National e
fundou a Mary Pickford Company, obtendo alguns de seus maiores êxitos, entre
eles, Papaizinho Pernilongo (Daddy Long
Legs), de 1919. Já casada com Douglas Fairbanks, criou com ele, Charles
Chaplin e David Wark Griffith, a United Artists, para a qual ela fez grandes
filmes, como Menina Travessa (Polyanna),
de 1920, Castelos de Espuma (Suds) de
1920, O País das Tormentas (Tess of the Storm
Country), de 1922, Aves Sem Ninho (Sparrows)
de 1926 e seu derradeiro filme mudo, Meu Único Amor (My Best Girl), de 1927.
NORMA TALMADGE (1894-1957)
Começou
sua vida artística posando para as “illustratred songs”, que eram apresentadas
antes dos filmes de um rolo no palco dos primeiros cinemas. Norma fez alguns
filmes na Vitagraph e na Triangle, e depois conheceu Joseph M. Schenck,
empresário rico que controlou e impulsionou sua carreira, fundando a Norma
Talmadge Film Corporation. Sob supervisão de Schenck, Norma fêz, entre outros: Papoula Viçosa (Poppy), de 1917, A Duquesa de Langeais (The Eternal Flame),
de 1923, Segredos (Secrets), de 1924,
A Dama das Camélias (Camille), de
1926, e A Mulher Cobiçada (The Dove),
de 1927. Especializada em melodramas, com um dos rostos mais expressivos da
tela, elegante e glamourosa, Norma era adorada pelos espectadores e pelos
críticos, figurando entre os ídolos mais populares do cinema silencioso
americano.
RENÉE ADORÉE (1898-1933)
Nome
verdadeiro: Jeanne de la Fonte. Local de nascimento: Lille, França.
Filha
de artistas de circo. Aos cinco anos de idade já estava trabalhando com os
pais. Na adolescência, atuou em pequenas produções teatrais na Europa. Estava
na Russia quando irrompeu a Primeira Guerra Mundial, e logo foi para Londres.
De Londres partiu para a Nova York, onde continuou no teatro até que, em 1920,
fez seu primeiro filme. Renée é mais lembrada pelo seu papel como Melisande ao
lado de John Gilbert em um dos maiores sucessos de bilheteria da MGM de todos
os tempos: O Grande Desfile (The Big
Parade), de 1925. Outros filmes importantes: O Rapaz e a Cigana (Exquisite Sinner), de 1926, O Mandarim (Mr. Wu), de 1927, Ouro Redentor (Tide of Empire), de 1929, e
O Pagão (The Pagan), de 1929.
VILMA BÁNKY (1901-1991)
Nome
verdadeiro: Vilma Koncsics. Local de nascimento: Nagydorog, Austria-Hungria.
A
primeira parte de sua carreira desenvolveu-se em Budapest, prosseguindo na
França, Austria e Alemanha. O produtor Samuel Goldwyn levou-a para a América e,
anunciada como “A Rapsódia Húngara”, ela conquistou imediatamente o público
americano. Tornou-se uma estrela ao fazer dois filmes com Rudolph Valentino (A
Águia / The Eagle – 1925, e O Filho do
Sheik / Son of the Sheik - 1926). Seu casamento com Rod La Roque em 1927 foi o
acontecimento social mais comentado do ano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário