quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Um Até Breve !!!


    Vem chegando o fim do ano e todos nós merecemos um descanso.

            Queria agradecer a todos os leitores que, apesar de por vezes abandonado em prol à minha vida acadêmica, acompanharam nossas postagens desde o mês de julho.  Confesso que não imaginava tamanha repercussão e apoio. Muito obrigado!

            Para o próximo ano as novidades serão interessantes: Mudaremos um pouco o foco do blog, abrangendo um ramo artístico maior. Provavelmente, também mudaremos para uma plataforma mais atualizada. Tudo isso será feito para tornar a página mais atraente para todos.

             Qualquer sugestão ou crítica será bem-vinda e pode ser feita através de nossa página no facebook:


            Por ora, ficam aqui nossos desejos de um bom fim de ano a vocês que nos acompanham. Continuem conosco também em 2015.


Até Breve!


Ed Wood – Tim Burton, 1994


Poster Original


Apaixonado, maluco, excêntrico. Estes e outros adjetivos caem como uma luva para explicar a vida de Edward Davis Wood Jr.

Conhecido como o pior diretor de todos os tempos, Ed Wood ficou famoso por suas produções excêntricas de qualidade duvidosa. Plano 9 do Espaço Sideral (Plan 9 From Outer Space), a sua obra mais conhecida, foi considerada o pior filme da história na época de seu lançamento, porém, com o advento da cultura trash é conceituada como Cult por diversos fãs até os dias de hoje.

Tim Burtun, um desses fãs, produziu nos anos 90 uma biografia máxima de Wood com Johnny Depp no papel principal (com um entusiasmo que não vemos mais hoje em dia) e a brilhante atuação de Martin Landau (vencedor do Oscar de Melhor Ator Coadjuvante) como o lendário Bela Lugosi, que nos faz confusos perante a dúvida de estarmos em um filme ou no mundo real.

O verdadeiro Ed Wood e a adaptação de Depp (à direita)


O longa se inicia por acompanhar o jovem cineasta enquanto este protagoniza uma peça de teatro, ao lado de um conjunto de atores desajustados, que é, posteriormente, devastada pela crítica. Todavia, esta incursão pouco feliz pelo teatro não impede o apaixonado cinéfilo de perseguir o sonho de tornar-se um cineasta, apesar de o fluxo inexorável do tempo começar a deixa-lo algo pessimista: “com 26 anos, Orson Welles realizou Citizen Kane. Eu ainda não realizei nada”.

A sua grande oportunidade surge quando o produtor George Walls aceita reunir-se com Wood para discutir a sua possível contratação para realizar “I Changed my Sex!”. O infame cineasta consegue convencer o produtor ao revelar que conhece melhor do que ninguém a temática do filme, pois também este carrega consigo o estranho segredo de vestir roupas de mulher, hábito consagrado desde a sua infância, quando a mãe o vestia de mulher.



Durante todo este processo, Wood conhece Bela Lugosi ,uma estrela de cinema em decadência, lembrado somente  pelo belíssimo trabalho que fez em Drácula, que vive nas sombras do seu eterno rival Boris Karloff ( Frankenstein).

Uma das coisas mais interessantes neste filme, é justamente a relação entre Lugosi e Wood. Wood parece tão cego para as coisas, que sequer parece perceber a atual realidade de Lugosi. O ator não é mais uma estrela, mas ainda assim Wood faz questão de tratá-lo como se fosse ainda. Ele o adora e acaba se tornando o melhor amigo da vida do velho ator.



Ed Wood decide alterar o nome do filme para “Glen or Glenda”, utilizando um reaproveitamento de imagens de outros filmes que gera uma descontinuidade narrativa gritante, transformando o cineasta em um fracasso de Hollywood.

Apaixonado pelas grandes obras, Wood não desiste de levar ao grande ecrã “Bride of the Atom”, conseguindo apoios de figuras dispares. É assim que o novo filme sai do papel, indo ser filmado nos Larchmont Studios e protagonizado por Loretta King, Bela Lugosi e pela grande estrela de luta, Tor Johnson.

A história parece ter tudo para ser um filme de sucesso: elementos de ficção-científica, uma estrela, uma cara bonita como Loretta King, entre outros elementos. Nada ocorre como o planejado e Wood vê-se na contingência de procurar novas fontes de financiamento, que surgem na figura do poderoso empresário Don McCoy, que exige não apenas que o seu filho protagonize o filme, mas também que este termine com uma grande explosão.



Não é preciso dizer que a obra foi um fracasso total, tendo sido recebida por um público indignado com o que tinha acabado de ver.

 Enquanto a saúde de Lugosi definha e o ator acaba por falecer, Wood percebe que tem nos vídeos não utilizados do ator uma forma de conquistar alguma fama e consegue convencer um líder religioso a investir em Plan 9 From Outer Space, assegurando-o de que, só com o lucro gerado pela película, este terá dinheiro suficiente para filmar doze filmes religiosos.

 É então que começa a produção do mais popular (por razões não convencionais) dos filmes de Wood, que surpreende pela audácia e pela paixão incondicional pelo seu sonho.




Ficha Técnica:

Gênero: Drama
Direção: Tim Burton
Roteiro: Larry Karaszewski, Scott Alexander
Elenco: Aaron Nelms, Adam Drescher, Alan Martin, Anthony Russell, Audrey Cuyler, Ben Ryan Ganger, Biff Yeager, Bill Cusack, Bill Murray, Bobby Slayton, Brent Hinkley, Carmen Filpi, Carolyn Kessinger, Carrie Starner Hummel, Catherine Butterfield, Charles Alan Stephenson, Charles C. Stevenson Jr., Charlie Holliday, Cheri A. Williams, Christopher George Simpson, Clive Rosengren, Conrad Brooks, Cynthia Ann Wilson, Daniel Riordan, Danny Dayton, Don Amendolia, Don Hood, Edmund L. Shaff, Frank Echols, G. D. Spradlin, Gene LeBell, George "The Animal" Steele, George F. Sterne, Gregory Walcott, Gretchen Becker, Hannah Eckstein, Herbert Boche, Jeffrey Jones, Jesse Hernandez, Jim Boyce, John Rice, Johnny Depp, Joseph Golightly, Joseph R. Gannascoli, Juliet Landau, King Cotton, Korla Pandit, Leonard Termo, Linda Rae Brienza, Lionel Decker, Lisa Malkiewicz, Lisa Marie, Louis Lombardi, Luc De Schepper, Marc Revivo, Marlene Cook, Martin Landau, Mary Portser, Matthew Barry, Matthew Nelson, Max Casella, Melora Walters, Mickey Cottrell, Mike Starr, Nancy Longyear, Ned Bellamy, Norman Alden, Patricia Arquette, Patti Tippo, Ralph Monaco, Ramona Kemp-Blair, Rance Howard, Ray Baker, Reid Cruickshanks, Ric Mancini, Robert Binford, Robert Nuffer, Rodney Kizziah, Ross Manarchy, Ryan Holihan, Salwa Ali, Sarah Jessica Parker, Stanley DeSantis, Susan Eileen Simpson, Sylvia Coussa, Tommy Bertelsen, Tommy Bush, Vasek Simek, Vincent D'Onofrio, Vinny Argiro, William Michael Short
Produção: Denise Di Novi, Tim Burton
Fotografia: Stefan Czapsky
Trilha Sonora: Howard Shore
Duração: 124 min.
Ano: 1994
País: Estados Unidos    Cor: P&B


quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

De Olhos Bem Fechados (Eyes Wide Shut) – Stanley Kubrick, 1999



Poster Original

O longo estudo do autor de O iluminado, Laranja Mecânica e 2001: Uma Odisseia no Espaço, sobre a psique humana produziu uma obra impressionante.

Após ler Traumnovelle, do Austríaco romancista Arthur Schnitzler, Kubrick comprou os direitos e trouxe ao cinema uma experiência sobre as relações sexuais e a obscuridade que circunda o dia a dia. Com atuações brilhantes de Nicole Kidman e Tom Cruise, além de um perfeccionismo do diretor que fez com que as filmagens levassem mais de dois anos para serem concluídas, De Olhos Bem Fechados vem para encerrar com chave de ouro a carreira de um dos maiores diretores que o mundo já viu.



O filme começa com o casal Alice Harford (Nicole Kidman) e Dr. William "Bill" Harford (Tom Cruise) se preparando para uma grande festa. No local, eles não conhecem praticamente ninguém, exceto o anfitrião, Victor Ziegler (Sydney Pollack), cliente do Dr. William.

Ambos percebem-se despertos pela fantasia: Alice, longe do marido, aceita uma dança com outro homem; e William também desacompanhado, é convidado por duas mulheres a ir para um lugar mais interessante...

As traições não se concretizam: ambos recebem um “choque” da realidade, ele, médico, quando é chamado à as pressas e ela ao negar um convite mais íntimo de seu parceiro de dança.


 No retorno ao lar, o casal, despido, já pode satisfazer o seu impulso sexual. Ele mantém-se com os olhos profundamente fechados enquanto ela observa toda a cena refletida no espelho do quarto.

Na noite seguinte, ambos querem saber a posição oposta sobre a festa do dia anterior. As indagações são feitas no tom de buscar confissões dos desejos que cada um deles sabia que existia em seu interior.

O clima se altera baseado em autoconfiança e desejos revelados. Alice confessa uma vez ter sentido atração por um homem e que por ele, abandonaria tudo.

A partir dessa "confissão" tudo parece ter se modificado: a fantasia de William sobre seu casamento feliz, sobre ter controle e confiança em sua mulher parece ter se rompido. instala-se aqui uma  dúvida: teria ele sido tolo quanto aos prazeres de sua mulher ?





Um chamado telefônico interrompe essa situação: a filha de um de seus clientes avisa que o pai tinha acabado de morrer em casa e pede que ele vá para lá. William sai de sua casa e no trajeto de taxi, começa a fantasiar a relação sexual de sua esposa com aquele outro homem.  Quando chega ao seu destino, após o atendimento, ele recebe uma declaração de amor daquela que lhe telefonou. Novamente, os dois temas se repetem: sedução e traição. William reluta e afirma ser ela vítima da situação, estando abalada pela morte do pai. A mulher retruca, mas logo se cala ao ver que seu noivo chegara ao local. William se vai, confuso tanto com os desejos de sua mulher quanto com os daquela que estava presente.

A pé (e aqui começamos a conhecer uma Nova Iorque diferente), ainda fantasiando furiosamente a transa de Alice com o outro homem, ele é surpreendido quando uma prostituta o convida ao seu quarto. William a segue e parece querer conversar com ela. Quando tudo aponta para a realização sexual, seu celular toca. Era Alice preocupada, querendo saber a que horas ele deveria voltar, pois iria dormir. Mais uma vez, nada se concretiza e William continua a caminhar sem rumo pela noite, acompanhado por suas fantasias cada vez mais voluptuosas.

No decorrer da noite, ele encontra um bar onde um antigo amigo de faculdade, que havia largado a medicina para se dedicar ao piano, estava tocando. Tal amigo, Nick Nightgale (Todd Field), havia sido reencontrado por William na festa de Victor Ziegler. 



Por já ser muito tarde, mal o médico se senta à mesa, o amigo acaba sua apresentação. Com isso, o músico senta-se com William e conta sobre uma misteriosa festa, na qual ele era pago para tocar piano, porém era obrigado a ficar de olhos vendados.

 O pouco que havia visto indicava que era uma fantástica orgia sexual. Essa história excita muito a William que quer de todo o jeito chegar ao local. A festa era à fantasia e era preciso uma senha para o ingresso. William persuade o músico para saber a senha (Fidélio) e resolve arriscar tudo para ir a tal lugar, sem ter problemas para conseguir uma capa e uma máscara. 

Vemos aqui o ponto mais fantástico e assustador da obra: Num clima de mistério e expectativa, William assiste de canto mulheres em roda, também de máscaras e capas, circundadas por vários homens também mascarados.

Ao som de "mantras" (o longa é recheado de uma trilha sonora de tirar o fôlego) elas despem-se das capas. Seminuas, escolhem alguns mascarados para dar continuidade ao ritual.  Para deleite e medo do médico, ele é um dos escolhidos. O mesmo segue sua condutora, passando por salas onde "orgias" estão acontecendo. Não demora muito, a mulher avisa-o para ir embora enquanto pode, pois todos sabiam que ele era um "penetra" e isso não era tolerado.





 Mas não há tempo. William é desmascarado na frente de todos e é alertado para não comentar sobre o que vira ali, pois estaria correndo perigo de vida. Muito assustado, William consegue voltar para a casa, encontrando sua mulher e filha dormindo na estabilidade e segurança de seu lar.

O alívio é momentâneo. Logo, diversos acontecimentos, coincidentes ou não, fazem com que William viva cercado pelo medo e pela insegurança.





 Curiosidades:


- A produção do filme foi uma das mais longas da história recente do cinema: quase 3 anos.

- inicialmente constavam como parte do elenco Jennifer Jason Leigh e Harvey Keitel, que chegaram até mesmo a gravar várias cenas. Entretanto, a longa demora na conclusão das filmagens fez com que ambos firmassem acordos para outras produções que não permitiram que pudessem permanecer no set de filmagem, o que fez com que Stanley Kubrick escolhesse Marie Richardson e Sydney Pollack para seus lugares.

- Embora a história de De Olhos Bem Fechados se passe em Nova York, todas as filmagens foram realizadas nos estúdios de Pinewood, na Inglaterra, onde a cidade foi reproduzida através de cenários.


- Para que o filme pudesse ser assistido por uma audiência mais jovem, a cena da orgia contém pessoas geradas por computador, que encobrem os atos sexuais mais explícitos.

- A senha FIDELIO, utilizada por Bill para entrar na orgia, vem do latim "fidelis", que significa fidelidade. O nome Harford, dado ao personagem de Tom Cruise, nada mais é do que uma homenagem do diretor Stanley Kubrick ao ator Harrison Ford.

- Kubrick faleceu durante o processo de pós-produção do longa.



 Onde Comprar:



Você encontra o DVD do filme nos links abaixo:





Ficha Técnica:

Gênero: Drama
Direção: Stanley Kubrick
Roteiro: Frederic Raphael, Stanley Kubrick
Elenco: Leelee Sobieski, Marie Richardson, Nicole Kidman, Rade Serbedzija, Sydney Pollack, Thomas Gibson, Todd Field, Tom Cruise, Vinessa Shaw
Produção: Brian W. Cook, Stanley Kubrick
Fotografia: Larry Smith
Trilha Sonora: Jocelyn Pook
Duração: 160 min.
Ano: 1999
País: Estados Unidos / Inglaterra 













quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Viagem à Lua (Le voyage dans la Lune) - Georges Méliès, 1902

Poster Oficial
            É possível que você leve mais tempo para ler este artigo do que para assistir ao magnífico curta Le voyage dans la Lune que não passa de 14 minutos de duração.

            Muito antes de 2001: Uma Odisseia no Espaço ou Star Wars, George Méliès foi pioneiro, baseando-se nos romances Da Terra à Lua, de Julio Verne, e Os Primeiros Homens na Lua, de H. G. Wells para criar aquele que seria o primeiro filme de ficção científica, além de ser primitivo também na temática “extraterrestres”.

George Méliès

Esta viagem foi realizada por Méliès com o apoio de seu irmão Gaston e do elenco composto por Victor André, Bleuette Bernon, Brunnet, Jeanne d'Alcy, Henri Delannoy, entre outros. Muito popular em sua época, é a mais famosa obra do cineasta francês, além de item indispensável para qualquer cinéfilo.

O filme narra a história de um grupo de cinco astrônomos que viajam à Lua numa cápsula lançada por um canhão extremamente potente. Na lua, os cientistas são capturados pelos selenitas, uma espécie humanoide que habita o satélite. 



Entretanto, com astúcia, os terráqueos conseguem escapar e retornam sãos e salvos ao nosso mundo.

 A película, como toda a obra de Méliès, inclui algumas das mais famosas técnicas cinematográficas como a sobreposição, fusão e a exposição múltipla de imagens. Vemos aí outra característica clara do artista: A constante experimentação, fator que, mesmo que primitivamente, contribuiu para o avanço dos efeitos especiais e, na época, soltou a imaginação de milhares de expectadores mundo a fora.



Mais do que um marco na história, Le voyage dans la Lune é uma referência quando se fala de cinema.



Onde Comprar:

Na saraiva é possível encontrar uma coleção de 17 curtas de Méliès por um preço bem em conta, lançada pela Cultclassic:






Ficha Técnica:

Gênero: Fantasia, Ficção CIentífica
Direção: Georges Méliès
Roteiro: Georges e Gaston Méliès
Elenco: Bleuette Bernon, Georges Méliès, Victor André
Duração: 14 min. Ano: 1902 País: França Cor: P&B







quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Os Miseráveis (Les Misérables) – Tom Hooper, 2012

Poster Oficial
No século XIX, o escritor e ativista francês Victor Hugo, nascido em uma época de monarquia,  encontrava-se indignado com o poder que a classe rica obtinha. Voltando seus olhares à Paris, Hugo percebeu que a grandeza de alguns era possível graças à miséria de muitos.

Após trinta anos de trabalho, o autor lançaria em 1862 sua crítica em forma de romance, que logo se tornaria sua obra prima: Les Misérables. O livro foi um sucesso espontâneo, chegando a vender diversos exemplares, mundialmente, em apenas 24 horas.

Nos anos 1900, com o advento do cinema, não demoraram a surgir adaptações da obra tanto nas telas como nos teatros. Diversas são as versões, incluindo indianas, japonesas, árabes e brasileiras.



Já neste século, foi a vez do aclamado diretor de O discurso do Rei, Tom Hooper reviver este clássico, trazendo ainda mais brilho e riqueza a Obra de Hugo.

São 158 minutos (salvo alguns diálogos) de um fantástico musical embalado pelas composições de Claude-Michel Schönberg e letras de Alain Boublil e Jean-Marc Natel (traduzidas para o inglês por Herbert Kretzmer) além da arrepiante fotografia de Danny Cohen. O filme, cantado por completo trás uma improvável visão de realidade dentro de uma dimensão teatral, ou circense. 


Ao cantarem “ao vivo” (em vez de encenarem algo já gravado previamente), os atores trazem um caráter mais emocional do que uma interpretação convencional. Apesar de cansativo em algumas partes ( onde a mente pede por diálogos ao invés uma melodia), o longa marca-se como uma belíssima história que atrai o expectador até o seu final.

O Enredo ocorre em plena Revolução de Julho do século XIX, entre duas grandes batalhas: a Batalha de Waterloo e os motins de junho de 1832. 


Jean Valjean (Hugh Jackman) rouba um pão para alimentar sua irmã faminta e por este motivo é preso. Cumprida a pena, Jean é posto em liberdade condicional tendo  de se apresentar regularmente, correndo o risco de passar o resto da vida preso se não o fizer.

 Como ex-presidiário Valjean sente-se discriminado pela sociedade, entretanto tenta recomeçar a sua vida e redimir-se da tortuosa pena. Considerando-se livre, Jean Valjean quebra a condicional resultando na fuga contínua pela perseguição do inspetor Javert (Russell Crowe). 


Enquanto isso, Fantine (Anne Hathaway) enfrenta uma grande luta com sua filha Cosette. Ao viajar para o interior do país, a mãe deixa a menina com o casal Thénardier (Helena Bonham Carter e Sacha Baron Cohen), que maltratam a criança, a fazem de escrava e roubam seu dinheiro.

Fantine arranja emprego no interior. Um dia um funcionário da fábrica descobre que a mesma tem uma filha ilegítima, e a expulsam do emprego em que trabalha.

Enquanto isso, Fantine (Anne Hathaway) enfrenta uma grande luta com sua filha Cosette. Ao viajar para o interior do país, a mãe deixa a menina com o casal Thénardier (Helena Bonham Carter e Sacha Baron Cohen), que maltratam a criança, a fazem de escrava e roubam seu dinheiro.

Fantine arranja emprego no interior. Um dia um funcionário da fábrica descobre que a mesma tem uma filha ilegítima, e a expulsam do emprego em que trabalha.



 Desolada, e sem jeito de conseguir dinheiro, ela vende os invejados cabelos e dentes e se prostitui. Logo ela descobre ser vítma da tuberculose.  Jean Valjean conhece a adoecida Fantine e, com pena da moça,  lhe faz a promessa de encontrar sua filha e cuidar da menina.

Assim como o romance de Victor Hugo foi ridicularizado pelos marxistas por seu sentimentalismo, a versão musical de Os Miseráveis pode parecer uma perca de tempo para o público menos emocional. Hooper consegue, contudo, traduzir em seu longa-metragem, à sua maneira, a qualidade épica do texto clássico.

Se por um lado a história transformada em musical parece fraca do ponto de vista crítico-social, por outro lado, mantém-se bela e tocante, como a primeira idealização de Victor Hugo.



- Curiosidade:
- O diretor Tom Hooper recusou o convite para dirigir Homem de Ferro 3 por causa deste filme.




Onde Comprar:
A obra pode ser adquirida em DVD e Blu-ray através dos links abaixo. Também vão links para adquirir o livro.
DVD:

Bluray:

Livro:



Ficha Técnica:


Gênero: Musical
Direção: Tom Hooper
Roteiro: baseado na obra de Victor Hugo, William Nicholson
Elenco: Aaron Tveit, Adam Nowell, Adam Pearce, Adebayo Bolaji, Alexander Brooks, Alice Fearn, AlisonTennant, Alistair Brammer, Amanda Seyfried, Anne Hathaway, Bertie Carvel, Catherine Woolston, Colm Wilkinson, DanielHuttlestone, Dick Ward, Eddie Redmayne, Ella Hunt, Evie Wray, Fra Fee, Frances Ruffelle, Gabriel Vick, Gary Bland, George Blagden, Gino Picciano, Helena Bonham Carter, Henry Monk, Hugh Jackman, Isabelle Allen, Iwan Lewis, Jackie Marks, James Charlton, Jaygann Ayeh, Jean-Marc Chautems, Jonny Purchase, Jos Slovick, Josh Wichard, Julia Worsley, Kelly-Anne Gower, Kerry Ellis, Killian Donnelly, Lily Laight, Linzi Hateley, Mary Cormack, Matt Harrop, Nancy Sullivan, Nathanjohn Carter, Olivia Rose Aaron, Paul Leonard, Richard Dalton, Robyn North, Rosa O'Reilly, Russell Crowe, Sacha Baron Cohen, Samantha Barks, Sammy Harris, Sara Pelosi, Scott Stevenson, Sophie Ellis, Stevee Davies, Tim Downie Produção: Cameron Mackintosh, Debra Hayward, Eric Fellner
Fotografia: Danny Cohen
Trilha Sonora: Claude-Michel Schönberg
Duração: 157 min. Ano: 2012 País: Reino Unido Cor: Colorido