Poster Oficial
Foi
na década de 1930 que se teve início a febre dos musicais. Diversas obras
lotavam as salas de exibição, e centenas de artistas, diretores e roteiristas
foram aclamados como deuses pelo público e pela crítica.
Também
nesta década, na fase de ouro do cinema, surgiram grandes clássicos de diversos
gêneros que são ícones até os dias atuais. Como esquecer de Luzes da Cidade (City Lights, 1931) e
Tempos Modernos (Modern Times, 1936),
de Chaplin ? Dos magníficos Dracula (de
Tod Browning, 1931) e Frankenstein (de
James Whale, 1931), dos estúdios Universal?
E como não se cativar por ...E O
Vento Levou (Gone with the Wind, também
de Fleming, 1939)? São tantas e tantas obras que se tornaram referências para
toda a eternidade.
O
Mágico de Oz é um filme lendário, tanto como musical, quanto de uma maneira
geral. Uma superprodução que, apesar de na época não arrecadar muito – talvez
por ter sido uma produção cara –, tornou-se um dos maiores de todos os tempos
que encanta crianças e adultos de diversos cantos do mundo. Não há como não se
comover com a garota Dorothy Gale (interpretada por Judy Garland), ou se
encantar com o Espantalho (Ray Bolger) e sua astúcia, mesmo sem cérebro, apenas
para citar alguns dos personagens.
O Espantalho, o Homem de Lata, a garota Dorothy e o Leão em busca de Oz.
Dorothy
vive no Kansas e vive na fazenda dos seus tios Henry (Charley Grapewin) e Em
(Clara Blandick). Certo dia, o cão de Dorothy, Totó, “ataca” a Srta. Gulch
(Margaret Hamilton), uma senhora ranzinza, que, irritada, vai até Henry e Em
com uma ordem judicial que a autoriza a retirada do animal.
Apesar
dos apelos de Dorothy, os tios se sentem obrigados em cumprir a lei, entregando
o cão a Gulch que o coloca em uma cesta e o leva em sua bicicleta. Porém o
cachorro foge e retorna para a fazenda.
Temendo
que Gulch volte para pegar Totó, Dorothy foge. Na estrada conhece o professor
Marvel (Frank Morgan), um falso adivinho que a deixa fascinada com seus
"dons". Ele percebe que a garota fugiu de casa, então sutilmente a
persuade para voltar ao lar.
Dorothy canta 'Over the Rainbow'
Quando Dorothy e Totó voltam, surge um tornado
enorme, que se move pelas planícies na direção da fazenda. Os colonos Zeke
(Bert Lahr), Hickory (Jack Haley) e Hunk (Ray Bolger) correm com Em e Henry
para um abrigo, fechando as portas antes de verem Dorothy, que não os encontra
a tempo.
Sem
saída, ela corre para dentro da casa. Abrigada, uma tela de janela arrancada
pelo vento voa através do quarto e bate na sua cabeça, fazendo com que a garota
desmaie.
Logo
ela descobre que a casa da fazenda foi arrancada do chão e está sendo levada
para o centro do tornado. Olhando pela janela, vê voando com a força do vento
os animais de fazenda, um homem remando um barco e até mesmo uma mulher idosa,
que calmamente tricota na cadeira de balanço.
Dorothy
também vê Gulch, que logo se transforma em uma bruxa horrorosa montando uma
vassoura e usando um chapéu pontudo. A casa começa a descer, girando até o solo
e aterrissando com um estrondo. Apreensiva, ela abre a porta da casa e seus
olhos se deslumbram com um lugar maravilhoso(Temos aqui uma das mais belas
surpresas do cinema. Ao abrir da porta,
o filme passa de um tom sépia para cores vivas).
Totó e Dorothy.
Dorothy
tem certeza que não está mais no Kansas, principalmente quando, através de uma
bolha colorida, surge Glinda (Billie Burke), a Bruxa do Norte, perguntando se ela
era uma bruxa boa ou má. O motivo da
pergunta é que os Munchkins, os pequenos habitantes daquele lugar, disseram a
Glinda que uma bruxa derrubara uma casa sobre a Bruxa Má do Leste, matando-a e salvando
os moradores de sua perversidade.
Porém,
uma nuvem de fumaça vermelha anuncia a chegada da Bruxa Má do Oeste ( idêntica à
Srta. Gulch e a Bruxa do Leste), que chega para arrebatar os sapatos de rubi,
aparentemente mágicos, de sua irmã morta. Entretanto, a Bruxa do Oeste não tem nenhum
real poder na terra dos Munchkins e, antes que possa pôr as mãos nos sapatos
mágicos, eles surgem nos pés de Dorothy, graças a uma magia de Glinda. A bruxa
jura vingança diante de uma apavorada Dorothy, antes de desaparecer em outra
nuvem de fumaça vermelha.
A
garota confessa à Glinda sua vontade de retornar ao Kansas. A boa bruxa não
pode ajudá-la, mas indica o grande e Todo-Poderoso Mágico de Oz (Frank Morgan).
Glinda diz que ele tem este poder mas que é preciso ir até a Cidade de
Esmeraldas, para encontralo.Para chegar até lá, bastava a garota seguir a
estrada de tijolos amarelos. O último
conselho da bruxa, foi para que a garota jamais tirasse os sapatos mágicos de
seus pés.
O Espantalho
No
caminho conhece um espantalho (Ray Bolger) que a acompanha em busca de um
cérebro. Mais adiante encontram um homem de lata (Jack Haley), que anseia por
um coração, que passa a viajar com a dupla. Logo depois o trio se depara com um
leão covarde (Bert Lahr), que quer ter coragem. Assim, forma-se o quarteto que
segue o caminho até Oz.
Aprendemos
no filme de Fleming a nunca desistir de nossos sonhos, e que, mesmo que um
mundo novo pareça mais colorido, não há lugar melhor que nosso lar, junto de
quem amamos.
O Homem de Lata
Curiosidades:
-
A MGM pagou a L. Frank Baum US$ 75 mil pelos direitos de adaptação
cinematográfica de seu livro, uma quantia recorde na época;
-
Richard Thorpe iniciou as filmagens e rodou por várias semanas até ser demitido
pelos produtores, que consideraram seu trabalho insatisfatório. Nenhuma das
cenas rodadas por Thorpe foi incluída na versão final do filme;
-
Ainda em busca de um diretor substituto, os produtores contrataram George Cukor
como diretor temporário. Victor Fleming assumiu a direção logo em seguida, mas
teve que abandoná-la após ser contratado para dirigir ...E o Vento Levou, mesmo
assim foi creditado como diretor principal;
-
Após a saída de Fleming, King Vidor foi contratado para rodar as sequências
restantes. Vidor basicamente apenas rodou as cenas em preto e branco, situadas
em Kansas. Ao todo O Mágico de Oz teve 5 diretores;
-
O roteiro de O Mágico de Oz foi escrito tendo em mente o ator W.C. Fields para
interpretar o mago, porém o produtor Mervyn LeRoy procurou antes Ed Wynn, que
recusou o papel. LeRoy ofereceu então um salário de US$ 75 mil a Fields, que
recusou e pediu US$ 100 mil. Foi a vez então do produtor recusar a oferta;
-
Frank Morgan chegou a fazer um teste com uma maquiagem que deixava o Mágico de
Oz parecido com o do livro de L. Frank Baum, mas esta foi descartada. Ocorreram
mais 5 testes até se chegar à caracterização final do personagem;
O Leão Medroso
-
Buddy Ebsen, que inicialmente interpretaria o Espantalho, após a mudança pedida
por Ray Bolger, iria interpretar o Homem de Lata. Porém, como o alumínio usado
na confecção da roupa do personagem era tóxico e gerava uma alergia em Ebsen,
este teve que desistir do papel. No lugar de Buddy Ebsen foi contratado Jack
Haley, que usou uma roupa que diminuía a inalação do alumínio por parte de quem
a estivesse usando. Ao ser contratado Haley não sabia do efeito que a roupa
causara em Ebsen, acreditando que este tivesse sido demitido pelo estúdio;
-
Os produtores chegaram a cogitar a possibilidade de usar um leão de verdade no
filme, com sua voz sendo dublada por um ator contratado;
-
Cada um dos munchkins que aparecem no filme foi pago US$ 50 por semana,
enquanto o dono do cachorro Totó recebeu US$ 125 por semana;
-
Várias das vozes dos munchkins foram dubladas por cantores profissionais, já
que muitos de seus intérpretes não sabiam cantar ou até mesmo não falavam
inglês corretamente. De todos os munchkins apenas dois deles têm a voz real de
seus intérpretes ouvida em O Mágico de Oz: aqueles que entregam a Dorothy um
buquê de flores, logo após sua chegada a Oz;
-
A maquiagem usada por Bert Lahr para compôr o Leão o impossibilitava de comer
objetos sólidos, sob o risco dela ser desfeita. Isto fez com que o ator apenas
se alimentasse de sopas e milk-shakes durante boa parte das filmagens;
-
A atriz Margaret Hamilton, intérprete da Bruxa Má do Oeste, teve que ficar
afastada dos sets de filmagens por mais de um mês, após ter se queimado seriamente
ao rodar a cena do desaparecimento de sua personagem da terra dos munchkins;
-
A estrada de tijolos amarelos inicialmente seria verde. A mudança de cor
aconteceu após uma das paralisações nas filmagens, quando ficou definido que a
cor amarela seria a melhor a ser usada em um filme feito com Technicolor;
-
A
Bruxa Má do Oeste do filme O Mágico de Oz tem dois olhos, enquanto no livro tem
apenas um;
-
Os cavalos do palácio da Cidade de Esmeraldas foram pintados com cristais
Jell-O. As cenas em que eles aparecem tiveram que ser rodadas rapidamente, para
evitar que os cavalos lambessem sua pele e removessem a tintura;
-
Inicialmente O Mágico de Oz teria as presenças de Betty Haynes como a Princesa
Betty de Oz e Kenny Baker, como seu amante. A dupla chegou a gravar com Judy
Garland uma das canções do filme mas, após várias revisões do roteiro, acabaram
ficando de fora do longa;
-
Uma outra versão de "Over the Rainbow" chegou a ser gravada por Judy
Garland, quando sua personagem estava encarcerada no castelo da Bruxa Má do
Oeste. Durante sua realização, a atriz começou a chorar espontaneamente, devido
à tristeza da cena. Esta sequência terminou ficando de fora da edição final de
O Mágico de Oz;
-
O orçamento de O Mágico de Oz foi de US$ 2,7 milhões, sendo que o filme
arrecadou US$ 3 milhões em seu primeiro lançamento nos cinemas.
A Bruxa Má do Oeste.
Premiações:
OSCAR:
-
Melhor Trilha Sonora;
-
Melhor Canção Original.
Onde Comprar:
A
Warner Bros lançou no Brasil edições com 1, 2 e 3 discos, respectivamente
indicados nos links abaixo:
Valorize
a obra e os artistas. Compre o Produto original.
Ficha Técnica:
Gênero: Musical
Direção: Victor Fleming
Roteiro: Edgar Allan Woolf,
Florence Ryerson, Noel Langley
Elenco: Bert Lahr, Bilie Burke,
Charley Grapewin, Clara Blandick, Frank Morgan, Jack Haley, Judy Garland,
Margaret Hamilton, Ray Bolger
Produção: Mervyn LeRoy
Fotografia: Harold Hal Rosson
Trilha Sonora: George Bassman,
George Stoll, Harold Arlen, Herbert Stothart
Ano:
1939
País:
EUA
Cor:
P&B e Colorido
Duração:
104 Min.
Nenhum comentário:
Postar um comentário