Poster original da época.
O
primeiro filme a ser trabalhado aqui no “Clássicos do Cinema” não poderia ser
outro à não ser Cantando na Chuva.
Não,
não é minha obra favorita (apesar de estar entre as dez mais), tampouco é a
melhor do mundo, segundo as mais conceituadas críticas. Porém, esta me marcou
por ser a primeira a despertar em mim a paixão pelo cinema.
Gene Kelly na clássica cena-título.
Sem
ser um revolucionário ou pioneiro, Singin’
in the Rain é um daqueles filmes tidos como o melhor de seu gênero. Consegue este título por apresentar aos olhos
do público tudo o que acontece no cinema: Suas glórias, fracassos e os eternos
conflitos. Além disso, tem toda uma
mágica que nos cativa do começo ao fim.
Sua
temática é, em suma, a chegada do som às salas de cinema e a transição por qual
a indústria cinematográfica passa.
Os protagonistas do filme.
O
ano é 1927, e Don Lockwood (Gene Kelly) é um dos mais famosos astros do cinema
mudo além de um consagrado artista de cabaré, que vive acompanhado por seu
grande amigo, Cosmo Brown (Donald O’Connor).
Em um encontro inusitado, Don conhece aquela
que vem a se tornar a mulher de sua vida, Kathy Selden (Debbie Reynolds), o que
desperta à ira de sua parceira de tela, Lina Lamount (Jean Hagen).
Com
a chegada de O Cantor de Jazz ( uma
citação ao clássico de Alan Crosland, primeiro longa-metragem falado da
história), o estúdio onde Don trabalhava juntamente com sua co-protagonista,
Lina, se vê obrigado à também entrar na era da fala.
A
única opção vista pelos produtores é fazer deste filme um musical. Aí que surgem os problemas: Lina tem uma voz
terrível, e Don já não a suporta como parceira. A solução: Utilizar a doce voz
de Kathy para dublar a estrela.
Trailer de 1952.
Um
lindo filme! Tanto visualmente, quanto musicalmente falando. Cantando na Chuva trás inúmeros números
musicais, com destaque para o memorável “Make ‘Em Laug’” de Donald O’Connor e o
incomparável solo de Gene Kelly na canção-título, onde o mesmo dança agarrado a
um poste e pisoteando poças d’água, debaixo de uma forte chuva. Para mim, a
cena mais linda de todos os tempos.
Singin’
in the rain, mais que um filme, é um ícone. Uma
preciosidade que merece ser vista por cada ser humano, ao menos uma vez na
vida.
Kelly em seu solo na canção título.
Uma das maiores cenas de todos os tempos!
Curiosidades:
- O
roteiro de Cantando na Chuva foi escrito apenas após a escolha das
canções que fariam parte do filme;
- A
canção título apareceu pela primeira vez no filme The Hollywood Revue of 1929, de Cuckh Riesner, 1929 e voltou a
ser utilizada em Laranja Mecânica (A Clockwork Orange), 1971 de Stanley Kubrick;
Cantando na Chuva através do tempo.
- A
chuva, na canção-título, é uma mistura de água e leite, para que a mesma fosse
captada com perfeição pelas câmeras;
-
Kelly estava com febre quando gravou seu solo, o que mostra seu brilhantismo,
uma vez que o fato não prejudicou a cena;
- O
primeiro ator cogitado para o papel de Cosmo Brown foi Oscar Levant;
-
Algumas das roupas utilizadas em Cantando
na Chuva foram aproveitadas em outro
filme, Deep In My Heart, de 1954.
''Make ‘Em Laug’” de Donald O’Connor
Premiações:
Globo de Ouro: Melhor
ator para Donald O’Connor
Indicações ao Oscar: Jean
Hagen (atriz coadjuvante) e Lennie Hayton (música).
"Good Morning"
Onde Comprar:
Em
DVD, a melhor edição disponível no mercado brasileiro é a Premium Edition,
lançada pela Warner, com 2 discos. Você a encontra em diversas lojas físicas
ou, se preferir, nos links abaixo:
Blu-Ray:
Valorize a obra e os artistas. Compre o produto original.
Ficha técnica:
Direção: Gene Kelly, Stanley Donen
Produção: Arthur Freed
Roteiro: Adolph Green, Betty Comden
Fotografia: Harold Hal Rosson
Trilha
Sonora: Nacio Herb Brown
Duração: 103 min.
Ano: 1952
País: EUA
Gênero: Musical e Comédia
Cor: Colorido
Nenhum comentário:
Postar um comentário